Ultimamente venho conhecendo histórias de pessoas próximas reclamando de como são tratadas por seus chefes ou patrões.
Outro dia, conversando com um amiga, ela me contou em como o chefe a tratou numa avaliação de desempenho. Com desdém. Apontava que apesar dela ter batido as metas, a achava muito insegura. E que ela precisava criar casca grossa, só pq numa conversa anterior ele a deixou triste e ela verteu uma lágrima.
Logo esta minha amiga que é uma pessoa decidida, super segura de si.
Esta amiga me emprestou um livro sobre Assédio Moral, que a sua terapeuta indicou. Fui ler, porque além de gostar de entender sobre comportamento e sobre o ser humano, achei que este livro poderia também me ajudar a entender algumas coisas que eu também estava passando.
O livro diz:
O perverso do cotidiano (como eles chamam a pessoa que comete assédio moral) é aquele que tem vontade de se livrar do outro sem sujar as próprias mãos.
O perverso diminui o outro para elevar a sua auto-estima, porque ele mesmo é um inseguro. Ele só gosta de se livrar de quem é melhor que ele, que pode aparecer mais que ele, que pode ofuscar seu brilho...se é que ele tem algum...Ele não mexe com quem não o incomoda ou é inexpressivo.
A melhor maneira de lidar com ele é sendo indiferente, não mostrando que ele o importuna, porque o objetivo dele é sugar a sua energia.
O livro mostra vários tipos de perverso e onde isso ocorre, que pode ser em casa (quando um marido despreza a mulher ou uma mãe diminui as qualidades de um filho) , no trabalho ou socialmente, quando pessoas tentam fazer pouco de você numa roda de amigos.
Mas a origem é a mesma. Falta de competência, de segurança, de brilho, de energia... Eles acham que o outro incomoda, quando na verdade ninguém incomoda ninguém. Você é que se incomoda com o outro.
Huuummm....se identificou com as situações acima? Já passou por algo semelhante? Como vítima ou você mesmo já foi ou é o perverso do cotidiano?
Tem pessoas que se incomodam com a força do outro. E muitas vezes essas pessoas têm um poder maior que você (no caso de um chefe), e abusam desse poder.
Pensando no mundo corporativo, que é o meu objetivo nesta postagem, isso é uma crescente. Justamente numa época em que se fala muito em Gestão do Conhecimento, em Gestão de Pessoas, em que a valorização do profissional é diretamente proporcional ao aumento da produtividade e consequentemente ao crescimento da empresa.
Venho fazendo uma pesquisa pessoal e descubro que poucas são as empresas que fazem endomarketing. Poucas são as que vendem pra dentro o que vendem pra fora. Poucas são as que cumprem aquilo que prometem. Normalmente, as que têm essa prática, são as multinacionais que estam lá na frente em nível de excelência, longe das brasileiras.
Sem essa visão, o assédio moral anda solto!